quarta-feira, 14 de março de 2018 13:07
O hábito de poupar para a aposentadoria é sem dúvida impactado negativamente pelo fato de haver um largo intervalo de tempo entre a ação de guardar o dinheiro e o benefício dele decorrente que será dispor de uma renda maior ao se aposentar. Ao mesmo tempo em que faz essa observação em artigo que escreve no VALOR ECONÔMICO em 3 de janeiro, Aquiles Mosca, estrategista de investimentos pessoais do Santander, informa sobre estudo publicado no “Journal of Primary Prevention”. Nele fica evidente que basta um cartaz convidando as pessoas a usarem uma escada localizada ao lado de uma escada-rolante para que o dobro de pessoas, comparando com uma dia normal, decidisse pela primeira opção
Para que as pessoas agissem assim, o cartaz listava benefícios à saúde. E Mosca escreve: “as implicações da descoberta acima para o estudo do hábito de poupar são relevantes e sugerem que pequenas intervenções no ambiente e no momento correto podem alterar de forma positiva e benéfica a decisão de potenciais investidores. O exemplo do cartaz no pé da escada indica o poder transformador que um lembrete sutil e bem colocado pode ser na decisão de investir para assegurar um futuro promissor. O paralelo entre saúde física e financeira é imediato. E para os reguladores fica a reflexão: no lugar de apenar assustar o indivíduo com disclaimers sobre os riscos embutidos nas aplicações, ou na não-garantia de retorno mínimo, não seria melhor ressaltar de forma criativa, no pouco espaço que antecede a decisão de investir, o quão importante é o hábito de poupar?Autor: Aquiles Mosca
Fonte: Valor Econômico