quinta-feira, 12 de setembro de 2019 13:55
Encerrar ciclos nem sempre é fácil. Botar um ponto final em uma fase que ocupou décadas da própria vida, então, é uma experiência complexa para muita gente. Por isso, a aposentadoria é um momento único, que será encarado de formas diferentes conforme a trajetória de vida individual. Mas, por mais possibilidades e dúvidas que surjam nesta hora, trata-se, principalmente, de um recomeço. É o que explica a terapeuta ocupacional, Cecília Xavier. "Alguns indivíduos vão atravessar esta transição com suavidade, enquanto outros sentirão uma turbulência. São muitas variáveis que vão interferir nisso, porque o trabalho costuma se relacionar à identidade da pessoa. Por isso, abrir mão do crachá também significa deixar para trás uma parte de você que foi construída ao longo dos anos". Ela salienta que não existe uma receita definitiva para lidar com os sentimentos e conflitos comuns a esta etapa. No entanto, buscar o autoconhecimento, conectar-se aos próprios desejos e enxergar na aposentadoria uma oportunidade para colocá-los em prática são atitudes que podem ajudar. "A primeira coisa é se permitir experimentar. Somente assim, a pessoa consegue descobrir do que gosta ou não e, aos poucos, desenhar um novo estilo de vida e reinventar a própria rotina. E ter em mente que isso leva tempo, não vai acontecer da noite para o dia pois exige adaptação. É natural que demore, em alguns casos, até três anos. E mais: pode ser que a pessoa precise de acompanhamento, de um profissional que a apoie neste processo", orienta Cecília.
Projeto de Vida
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Fonte: Forluz/AssPreviSIte