segunda-feira, 13 de abril de 2020  12:31

O surto do coronavírus e as implicações para seu fundo de pensão, para sua aposentadoria.




O surto do coronavírus e as implicações para seu fundo de pensão, para sua aposentadoria.

Como você deve saber, os principais mercados de negócios globais estão passando por um período de turbulências nunca vistas antes em função do recente aumento nos casos de coronavírus na Ásia, na Europa e, mais recentemente, nas Américas. Os impactos desta crise não são totalmente previsíveis para o futuro, mas foram fortíssimos nas últimas semanas, e continuarão a ser importantes nos próximos meses, especialmente nas economias de países emergentes, que são mais atingidas em momentos de recessão e pandemia globais. 

Nas últimas semanas, vimos grandes oscilações nos mercados de ações e em outras classes de ativos de risco, em resposta às crescentes preocupações do coronavírus se espalhar mais do que o inicialmente previsto e aos seus potenciais impactos para a economia mundial. Em uma palavra, a explicação para esses efeitos é “incerteza”. Quando os agentes econômicos – investidores, consumidores, empresários – não conseguem ver com clareza o futuro à sua frente, eles repelem ativos considerados de risco e buscam proteção. No mês de março, o índice Ibovespa, que mede o desempenho médio das cotações das ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo, registrou desvalorização de quase 30%. Os chamados fundos multimercados, que contemplam variada cesta de ativos em diferentes mercados, incluindo de renda variável, também vêm sofrendo. Mesmo títulos públicos – considerados um “porto-seguro” para as aplicações - sentiram movimentos de fuga, principalmente os papéis de vencimentos mais longos e vários tiveram rendimentos negativos. Títulos indexados à inflação de longo prazo registraram perdas de mais de 10% em março. 

Quanto maior o grau de incertezas, maior a aversão dos agentes econômicos a ativos de maior risco, como os dos mercados emergentes. Enquanto isso, em um movimento natural e esperado, ativos com características mais defensivas registraram valorização, como é o caso do dólar e do ouro. À medida que o mercado tenta precificar o potencial impacto econômico do vírus e a sua evolução, é provável que persistam momentos de maior volatilidade em que os desempenhos dos ativos e dos fundos de investimentos variem significativamente, em um curto período de tempo. Embora momentos como o que atravessamos certamente resultarão em rentabilidades piores do que as usuais, com grande probabilidade, até, de retornos negativos por um determinado período de tempo, os participantes devem considerar seu horizonte de investimento e procurar manter uma perspectiva de longo prazo em relação à sua poupança para a aposentadoria, buscando não se concentrar muito nos movimentos de mercado de curto prazo. Qualquer movimento brusco na carteira de investimentos poderá causar ainda mais perdas no curto prazo. E para aqueles que já estão em gozo de seus benefícios de aposentadoria complementar, vale lembrar que suas reservas chegaram até aqui muito em decorrência deste mesmo racional. 

As políticas de investimento de planos de previdência complementar são desenhadas para atravessar períodos de volatilidade e estresse como esse, além de observarem um forte arcabouço regulatório que busca proteger os recursos de participantes ativos e assistidos. Os portfólios de investimento habitualmente são diversificados, contemplam até ativos de outros países, para diminuir riscos. Como pode ser observado na tabela abaixo, no horizonte de longo prazo (últimos 3, 5, 10 e 15 anos) a cota da Bungeprev sempre teve um desempenho muito bom em relação a vários indicadores, como CDI, inflação (INPC) e poupança.


Período Cota Bungeprev CDI INPC Poupança
Jan 2005 a Dez 2019 15 anos 400% 381% 123% 177%
Jan 2010 a Dez 2019 10 anos 153% 154% 76% 89%
Jan 2015 a Dez 2019 5 anos 68% 60% 31% 36%
Jan 2017 a Dez 2019 3 anos 27% 24% 10% 16%

 Finalmente, importante observar que eventuais perdas agora não são permanentes. Ou seja, não são perdas realizadas e efetivas. São perdas decorrentes de marcação a mercado.   Enquanto não houver a venda de um ativo, que momentaneamente encontra-se sofrendo desvalorização, o prejuízo pode ser revertido.  Devemos atuar com muito cuidado e não realizar movimentos bruscos e de grande magnitude, de modo a aguardar, com calma e serenidade, a superação desta crise, atravessando-a de forma responsável e segura. A tendência é que os ativos recuperem a maior parte das perdas após o término da crise sanitária que estamos atravessando.

Autor: Bungeprev

Fonte: Bungeprev