segunda-feira, 19 de outubro de 2020 15:59
Resultado agosto/2020
Agosto veio interromper uma série de resultados positivos obtidos pelo nosso Fundo, que estava em rota de recuperação do revés enfrentado nos meses de fevereiro e, principalmente, março deste ano. O que ocorreu agora foi algo muito devido ao mercado doméstico, ou seja, aqui mesmo do Brasil. Na renda fixa, nossos fundos exclusivos tiveram comportamentos distintos. Enquanto que o fundo Nova York (gestão BNP) terminou o mês com 0,20% de rentabilidade, o fundo Independence (gestão Western) não foi bem e marcou -0,10% no mesmo período. Apenas como comparativo, a Selic em agosto rendeu 0,16%, mas os papéis pré-fixados e os indexados à inflação com vencimentos mais longos registram perdas substanciais no mês. Agosto foi um mês positivo para os mercados mundiais, devido à perspectiva positiva de recuperação das economias globais pós-Covid, principalmente num ambiente de juros muito baixos. No entanto, a despeito desse fato, no Brasil as preocupações com a temática “fiscal”, ou seja, arrecadação versus gastos do Governo, contaminaram a economia e esta se tornou o foco das discussões. Isso porque a crise Covid licenciou o Governo a gastar mais e a se endividar para combater o surto da doença. Maiores gastos e menor arrecadação - em razão da contração da economia – passaram a preocupar se isso poderia fugir do controle. A Bolsa brasileira refletiu bem isso e amargou queda no mês de mais de 3%. Por isso, os fundos de renda variável que a Bungeprev aplica registraram perdas de 3,92% (fundo Phoenix-Itaú) e 3,68% (fundo Moat). Amenizando em parte, os fundos multimercado Kinea e SPX Nimitz conseguiram dar lucro de, respectivamente, 0,11% e 1,42%. Com tudo isso, o consolidado da nossa Carteira fechou agosto com retorno negativo de 0,47% e o acumulado de 2020 está em + 0,36%.
Previsão resultado setembro/2020 (Não é Cota Oficial. Ainda está sujeito a alterações)
O mês de setembro foi novamente marcado pelas preocupações quanto ao cumprimento do teto de gastos por parte do governo. Essas tensões foram intensificadas com o anúncio do Programa Renda Cidadã (substituição ao Renda Família), agora com a proposta de ser financiado por fontes que, no entender do mercado, representariam o abandono do rigor fiscal, ou seja, do controle de gastos do governo. Some-se a isso, o deságio no papel de dívida pública, chamado LFT – tido como o mais seguro, o mais conservador para investimentos. Esse fenômeno não se via desde 2002. O problema não foi exatamente uma “fuga” dos investidores desse tipo de papel, o que demonstraria uma desconfiança. O que ocorreu foi que o Tesouro tentou vender mais títulos (quantidade) do que o mercado queria comprar – resultando em deságio (o mercado exigiu um prêmio para comprar esses títulos). Resultado de tudo isso: a Bolsa caiu quase 5% e o real se desvalorizou. Os fundos exclusivos da Bungeprev, para segmento o segmento de renda fixa, renderam 0,10 e -0,37%, respectivamente por Nova York (gestor BNP) e Independence (gestor Western). O maior impacto foi na parte aplicada em ações, cujos fundos apresentaram performances negativas: -8,03% pelo Phoenix-Itaú e -7,68% pelo fundo Moat. No segmento de fundos Multimercado não foi diferente, pois os fundos que temos cotas encerraram setembro com -0,12% (fundo SPX Nimitz) e -0,85% (fundo Kinea). A previsão para o retorno da cota no mês, ainda que sujeito a alteração, é negativo em 1,36%.
Autor: Bungeprev
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