quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021 07:10
Sabemos o
quanto é difícil atingir os objetivos. Tem o esforço que envolve nosso trabalho
pra ganhar dinheiro, se planejar para guardar o suficiente para realizar os
sonhos ou, ao menos, dar uma entrada em uma linha de crédito que nos ajude a
conquistá-los.
Cuidamos das
contas do dia a dia e, muitas vezes, invertemos as prioridades: gastamos demais
com o que não é importante e deixamos os objetivos para depois. Por isso, o
planejamento financeiro é a chave do sucesso, não apenas para adquirir mansões
e iates.
Faz parte do
sucesso de acumular conquistas, desde o sono tranquilo porque você sabe que os boletos estão pagos, até a
realização dos objetivos pequenos. Então, mais importante do que ganhar é
aprender a gastar e, consequentemente, aprender a guardar.
Vou destacar
alguns números alarmantes, não pra te deixar desesperado, mas para motivá-lo a
investir no seu “pé de meia”. Analise alguns resultados do ano passado:
1. Dólar
flutuante, deslizante, e todos os outros “adjetivos”;
2. Aumento dos
alimentos e bens de consumo, mega aumento inclusive;
3. Mais de 64
milhões de brasileiros inadimplentes, considerando que temos 211 milhões de
habitantes no país, entenda que este é um problema gigante;
4. Mudanças no
sistema previdenciário com novos horizontes de idade e de recebimentos;
5.
Instabilidade econômica e política;
6. Aumento
constante da Taxa de Desemprego, hoje são mais de 13 milhões de pessoas sem
renda;
7. Ausência de
Educação Financeira da maioria da população.
Mais de 67%
das famílias brasileiras estão atualmente endividadas, segundo dados da
Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic),
apurados mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo (CNC).
Pode-se imaginar
que esse número seja reflexo da atual situação econômica do país. No entanto,
entre 2010 e 2011, quando o Brasil vivia um dos seus melhores momentos
econômicos, com uma taxa de desemprego por volta de 6%, o percentual de
famílias endividadas foi em média 60,7%.
Esse parâmetro
de comparação deixa claro que planejamento financeiro não é exclusivo pra quem
ganha super bem.
Na verdade,
tem gente que se endivida justamente porque começou a ganhar mais do que estava
acostumado e, consequentemente, começou a gastar ensandecidamente.
Outro dado
importante: nos últimos 50 anos, a expectativa de vida do brasileiro aumentou
mais de 25 anos. Isso significa que, em meio século, a idade média das pessoas
passou de 48 para 75 anos.
A notícia é
boa, mas nos faz refletir se estamos nos preparando para este futuro. Alguns de
nós vão passar dos 100 anos, e isso te deixa tranquilo ou desesperado?
A
Inadimplência entre os mais maduros tem aumentado, e muito. Isso acontece pela
grande oferta de crédito, mas também porque viver está cada vez mais caro.
Viver de
aposentadoria não é fácil para a imensa maioria das pessoas: somente 1% são
independentes, 25% são obrigadas a trabalhar mesmo depois de aposentados,
28% dependem de caridade e 46% dependem de parentes para sobreviver.
E quando
perguntados sobre o que fariam de diferente se pudessem voltar atrás, a
resposta de 38% deles é: teria começado a economizar mais cedo e 47% diz que
teria gasto menos.
Então por que
precisamos aprender sobre educação financeira? Para ajudar a responder, vamos
fazer uma conta rápida. Ana começou a guardar dinheiro com 20 anos. Guardou 200
reais por mês durante 10 anos, dos 20 aos 30 anos.
Júlio começou
a guardar aos 30 anos e guardou durante 20 anos a mesma quantia: 200 reais, dos
30 aos 50 anos.
Quem tem mais
dinheiro guardado na conta aos 50 anos? Usaremos uma taxa de 1% ao mês, ela é
exagerada, mas deixa o resultado bem lindo. Preparado?
Julio R$
626.992,83 – ganho financeiro
R$ 72.000 – 3
X mais contribuições
Total: R$
698.992,83
Ana R$
1.629.961,68 – ganho financeiro
R$ 24.000 –
contribuições
Total: R$
1.653.961,68
Calma, se você
passou dos 20 e ainda não começou, dá tempo. Mas entenda, comece logo. Não
deixe pra 2022. Lembre-se: ano novo, vida nova e com as finanças em dia!
Autor: Esther
Fonte: Jornal Contábil 26 de janeiro de 2021