terça-feira, 7 de dezembro de 2021 12:53
Outubro foi um mês bastante desfavorável para as aplicações financeiras, de modo geral. Exceto aquelas muito conservadoras ou atreladas ao dólar, as demais sofreram bastante com o panorama macroeconômico – especialmente o doméstico. Tudo isso em consequência da divulgação, pelo Governo brasileiro, do chamado Auxílio Brasil, em substituição ao Bolsa Família, furando o teto de gastos. Na visão de economistas, essa medida tem potencial de aumentar ainda mais a inflação – que já está alta – tendo como reflexo imediato o aumento da taxa de juros. Está desenhado o cenário para fuga de investidores, aumento do desemprego – que também está em níveis elevados – ou seja, deterioração da economia já combalida. O teto de gastos nada mais é do que a regra que limita os gastos do Governo à inflação acumulada no ano anterior. Não há discussão quanto à necessidade de beneficiar os mais necessitados, principalmente em razão de tudo que foi causado pela pandemia, mas as fontes de financiamento deveriam ser outras – como corte de outros gastos, por exemplo, dizem os especialistas. Conforme as previsões logo após o anúncio, as curvas futuras da taxa de juros apresentaram forte stress, a Bolsa despencou e o dólar subiu.
Os fundos de renda fixa da Bungeprev, que representam a maior parte dos investimentos como um todo da Entidade, por não contemplarem apenas títulos mais conservadores de aplicação, sofreram com este cenário, fechando o mês com rentabilidade de 0,12% e -0,12% - respectivamente pelas aplicações do Banco BNP e da Western. No segmento de fundos multimercado tivemos comportamentos díspares: enquanto o fundo da Kinea deu retorno negativo de 0,45%, o fundo da SPX Nimitz ganhou 1,70% em outubro. Os maiores impactos desfavoráveis ocorrem no segmento de Bolsa, uma vez que o fundo Indie perdeu 14,37% e o Gênesis 11,07%. O fundo de investimentos no exterior – Western – por ser indexado ao dólar, ganhou 2,79%. O resultado global, obedecendo a proporcionalidade de cada um das aplicações comentadas acima, representou uma perda na cota da Bungeprev de e 0,53%.
Previsão resultado novembro/2021 (Não é Cota Oficial. Ainda está sujeito a alterações)
As notícias negativas, no âmbito do mercado doméstico, deram uma certa trégua, e com a tramitação da PEC dos precatórios – que não foi necessariamente uma medida boa, mas que impões limites para maiores gastos do Governo no próximo ano – as taxas de juros no Brasil recuperam parcialmente as perdas verificadas no mês anterior. Dito isso, os nossos fundos exclusivos de renda fixa deram bons resultados em novembro: enquanto a Selic – taxa básica de juros da economia – rendeu 0,59%, o gestor BNP (fundo Nova York) nos proporcionou 1,18% de resultado e a Western (fundo Independence) 1,01%. É sempre bom lembrar que, embora com orçamento de riscos mais limitados, esses gestores não aplicam apenas em títulos mais conservadores, que devolvem, por exemplo, apenas o rendimento da Selic. Um pouco das alocações também ocorre em títulos que embutem maiores níveis de riscos e, portanto, também podem oferecer rentabilidades mais atrativas. Foi isso que aconteceu em novembro, de modo que pudemos recuperar parcialmente os resultados da renda fixa menos favoráveis dos meses anteriores. Já no segmento multimercado, os fundos em que a Bungeprev tem posição mostraram ganhos de 0,29% (fundo Kinea) e 0,11% (fundo SPX Nimitz) no mês. Já a Bolsa de Valores local teve reflexos dos temores quanto à variante ômicron (nova cepa do coronavírus) – que em termos econômicos pode representar, de novo, medidas duras para seu enfrentamento, como fechamento dos mercados, desemprego etc. Ainda assim, a Bolsa brasileira sofreu menos do que as Bolsas ao redor do mundo - pois já estava bastante descontada - encerrando novembro com queda de 1,53%. Os fundos de ações da Bungeprev – Indie e Gênesis – perderam 4,54% e 2,69%, respectivamente. Importante lembrar que a Administração da Bungeprev decidiu, no início do mês, por sacar integralmente suas posições em renda variável, mas a liquidez dos recursos demora cerca de 30 dias. O fundo de investimentos no exterior também perdeu no mês (cerca de 1,51%). Em resumo, o resultado global da Bungeprev, levando em conta os investimentos comentados anteriormente, obedecendo a proporção de cada um na carteira total da Entidade, deve representar um ganho de 0,53% em novembro, o que praticamente neutraliza as perdas acumuladas no ano até aqui.
Para conhecer com mais detalhes as aplicações financeiras e relatórios contábeis, a Bungeprev disponibiliza no seu site os documentos Demonstrativo de Investimentos e Balancete.
Clique aqui: Demonstrativos de Investimentos
Clique aqui: Balancete mensal
Autor: Bungeprev
Fonte: .